Final de "Velho Chico" encerra de maneira poética e emocionante ciclo da novela das nove
Foi ao ar nesta sexta-feira (30/09), o último capítulo de "Velho Chico". Durante pouco mais de seis meses, todo aquele enredo de violência e no eixo São Paulo - Rio de Janeiro das tramas anteriores da faixa das nove foi substituído por uma temática rural, não abordada no horário há 14 anos ---- mesmo tempo que Benedito Ruy Barbosa ficou ausente da faixa das nove, produzindo remakes para faixa das 18h. E do que foi visto no último capítulo, um clima de emoção e poético tomou conta do primeiro ao último minuto da produção.
Logo no começo do capítulo, foi mostrado o desfecho de Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), que acabou morrendo em meio à seca do sertão, ao tentar fugir da polícia, já que Afrânio havia entregado todos os podres que haviam acontecido em todos os anos dele como Coronel Saruê. Foi um ótimo desfecho, à altura do que o personagem aprontou na novela.
Em seguida, o desfecho de Cícero (Marcos Palmeira) foi exibido, com o personagem vivendo feliz ao lado de Dalva (Mariene de Castro), que se torna uma cantora, logo depois de Afrânio 'libertar' um dos seus empregados e aquele que esteve sempre ao seu lado. Lindo final e muito merecido para o casal.
O final de Luzia (Lucy Alves), que resolveu deixar Santo (Domingos Montagner) e Tereza (Camila Pitanga) viverem felizes para sempre e encontrou um bebê perdido em meio ao sertão, tal como havia ocorrido com ela na primeira fase da novela, foi comovente e genial. Lucy Alves encerrou seu primeiro - e grandioso - papel de maneira primorosa.
Iolanda (Cristiane Torloni) e Afrânio (Antônio Fagundes) protagonizaram lindas cenas, com a reconciliação do casal e finalmente conseguiram concretizar o amor que não puderam viver na primeira fase da novela. A cena em que Martim (Lee Taylor) e o ex-coronel se abraçaram em meio ao pôr-do-sol e ao som de "Monte Castelo" --- do Legião Urbana ---, foi linda.
A reconciliação de Afrânio e Miguel (Gabriel Leone) também foi uma cena linda. E vale mencionar a alusão à cena de Domingos Montagner quando Miguel chegou para falar com o pai. Foi uma belíssima e triste sequência.
Logo na sequência, teve o casamento de Santo e Tereza, que com a perda de Domingos Montagner, foi gravado com o uso da 'câmera subjetiva', o que fez aquela cena ficar ainda mais emocionante. A cena em que Afrânio pede para levar a filha até o altar foi ótima, assim como a sequência completa do casamento. Antônio Fagundes, Camila Pitanga, Christiane Torloni, Iradhir Santos e todos os envolvidos na cena emocionaram.
Além disso, enquanto acontecia o casamento, Olívia (Giullia Buscacio) dava à luz. Dois gêmeos nasceram: um menino --- chamado de Belmiro dos Anjos ---- e uma menina --- chamada de Rosa. Foi uma linda intercalação de cenas, entretanto, o filho de Olívia e Miguel poderia ter recebido o nome de Domingos ou Santo, em homenagem ao falecido ator.
Voltando ao casamento, uma chuva com as lágrimas da santa foi emocionante, em uma sequência que serviu como homenagem a Domingos Montagner e também foi a representação das lágrimas de um país ainda em luto com a morte do ator. Belíssima sequência.
A cena final, depois de uma passagem de tempo, mostrando a paz que finalmente as famílias de Sá Ribeiro e dos Anjos conseguiram ter, encerrou o ciclo deste enredo tão bem construído (embora a lentidão tenha se feito presente). A homenagem ao ator Domingos Montagner, com a exibição de cenas de Santo e com a música "Adeus, Velho Chico, diz o povo nas margens" foi tocante e muito merecida. O encerramento da produção, com a alusão do Gaiola Encantado levando Domingos Montagner foi belíssimo e triste ao mesmo tempo.
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