Chamada de "Golpista", Globo dedicou menos tempo à cobertura política que a Record
Record foi a que mais deu espaço a cobertura política (Foto: Reprodução)
Atacada por dez entre dez petistas e simpatizantes do governo federal, a Globo até faria por merecer as críticas que recebe se, de fato, fosse a emissora que mais dedica tempo à crise política brasileira.
Dados do Controle da Concorrência, empresa que monitora inserções comerciais para o mercado, mostram que na quinta-feira (17) o canal reservou exatas 6 horas e 21 minutos à posse do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil e aos seus desdobramentos, com várias liminares suspendendo o ato e protestos nas ruas.
A tom de comparação, a Record foi a rede que mais abusou do assunto, com 6 horas e 37 minutos. Na sequência vieram Band (6 horas e 17 minutos), RedeTV! (5 horas e 10 minutos) e SBT (2 horas e 41 minutos).
Os números jogam um balde de água fria no discurso de alguns setores da imprensa, principalmente no de Paulo Henrique Amorim. Contratado da emissora de Edir Macedo, o jornalista acusa, diariamente, a Globo de planejar, com o apoio do Judiciário, um golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
PHA, como é conhecido, já chegou a sugerir em seu blog, o Conversa Afiada, que o Ministério das Comunicações casse a concessão do canal da família Marinho, “a fim de dar exemplo” – a tese também é defendida pelo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão. No último final de semana, porém, Amorim foi além e replicou uma crítica à Record no espaço.
A propósito, anteontem (20), o “Domingo Espetacular”, revista eletrônica da qual Paulo Henrique é âncora, dedicou longos 26 minutos à Lava Jato, enaltecendo a operação e o trabalho da Política Federal. A matéria, ironia das ironias, foi anunciada pelo próprio PHA.
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