Velho Chico: Tudo sobre a nova novela das 21h que estreia nesta segunda, 14 de março
A partir desta segunda-feira, 14 de março, o horário das 21h receberá uma novela totalmente diferente que as exibidas nos anos anteriores. 'Velho Chico', da ideia de Benedito Ruy Barbosa e escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi. Saiba mais sobre a próxima novela das 9!
A origem da rivalidade
Na fictícia Grotas do São Francisco, no Nordeste brasileiro, é onde tudo começa no final da década de 1960. O coronel Jacinto (Tarcísio Meira), dono de quase tudo ali, comanda a política, a economia e quem aparecer pela sua frente. Mas ele quer ainda mais. É por isso que está de olho nas terras do capitão Rosa (Rodrigo Lombardi). Dono da fazenda Piatã, o cabra tem moral e coragem para enfrentar a figura do "todo-poderoso", e isso é o que provoca o início do duelo que vai atravessar gerações até os dias de hoje.
É no seu pedaço de terra que os Sá Ribeiro estão de olho, mas Rosa nunca cedeu às tentativas, já que, claro, ali ele garante seu sustento, e ainda acredita que o povo não pode ficar à mercê do poder de um só coronel.
Os de Sá Ribeiro
Jacinto é casado com Encarnação (Selma Egrei), a matriarca da família. Enquanto ele mantinha o poder, ela sempre alimentou a amargura - marcada pela morte trágica do primogênito. O desastre fez com que o único herdeiro dos Sá Ribeiro fosse Afrânio (Rodrigo Santoro). O jovem saiu da cidade para estudar Direito em Salvador, mas nunca deixou de viver às custas da riquíssima família. Ele é apaixonado por Iolanda (Carol Castro) e passa noites em claro na companhia da cantora de bares. A morte súbita de seu pai, porém, o faz retornar à casa para assumir os negócios - deixando de lado a amada e seu posto de doutor para se tornar o mais novo coronel Saruê.
A mando de sua mãe, o jovem mandachuva começa a visitar os parceiros de seu pai pela região, e é em um destes encontros que ele acaba se envolvendo com Leonor (Marina Nery). A filha de Aracaçú (Carlos Betão) se torna, portanto, esposa do novo Saruê, afinal, ou ele se casava, ou morria. Tudo funcionou quase perfeitamente para a jovem, que estava louca para sair de casa. Mas, no meio do caminho tinha uma pedra, ou melhor, a própria sogra: Encarnação.
Deste casamento, à base do facão, nasce Maria Tereza (Isabella Aguiar) pelas mãos da própria avó, que queria, minimamente, um neto varão. Sem dó nem piedade, Encarnação não mede as consequências neste parto, praticamente arrancando a pequena do ventre da mãe. Por isso, a jovem acaba com a saúde debilitada, e Afrânio descobre que ela não poderá lhe dar mais filhos, porque se optar por submeter-se a isso, correrá risco de morte. Sem medir esforços para cumprir o que acha ser sua missão, ela dará vida a Martim (Davi Caetano).
Um coração de mãe
Capitão Ernesto Rosa é um homem correto e vive um casamento feliz com Eulália (Fabiula Nascimento). Os dois acabam por adotar Luzia (Carla Fabiana), encontrada ainda bebê em meio à plantação de algodão. Na mesma época, o casal acolhe, em sua casa e como parte de sua família, os retirantes Belmiro (Chico Diaz), Piedade (Cyria Coentro) e o filho Santo (Rogerinho Costa). Os pequenos acabam tornando-se irmãos de leite, ambos amamentados por Piedade, mas a menina acaba se apaixonando pelo menino.
Se Deus uniu, separará o homem?
Em uma procissão de São Francisco de Assis na cidade de Grotas, as vidas de Maria Tereza e Santo se cruzam. Representando Nossa Senhora e São José, os dois se jogam nas águas do rio e, ali, o Velho Chico une seus caminhos. A partir daquele momento, não importam mais as rixas de suas famílias - os Dos Anjos são intimimamente ligados aos Rosa, rivais assumidos dos Sá Ribeiro.
O amor proibido acaba sendo descoberto pelo pai da jovem: Afrânio, o Saruê. Diante da situação, ele tranca a filha em um internato em Salvador bem longe de seu amado. De lá, ela começa a enviar cartas que nunca chegariam a Santo - interceptadas por Luzia, dizendo que dali a um tempo nasceria o filho deles: Miguel.
Desamores
O amor de Maria Tereza e Santo não será fruto somente de Miguel, mas despertará ódio. Além de Luzia fazer de tudo para impedir que o amado tivesse qualquer notícia da filha de Afrânio, Cícero (Pablo Morais), empregado do Saruê, terá interesse pelo outro lado. Ele também nutre uma paixão pela filha do patrão. Por isso, tenta assassinar Santo, mas acaba acertando em Belmiro.
A volta
Tempos depois, Grotas de São Francisco recebe novamente Maria Tereza, e é ali que o Velho Chico torna a guiar o curso desta história e deste amor.
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Saga de 'Velho Chico' terá amor proibido de Maria Tereza e Santo; eles vão encarar rixa de gerações
A nova novela das 9 será dividida em fases, mas o amor de Maria Tereza e Santo atravessará todos os momentos da história. Velho Chico vai transbordar um sentimento genuíno de seus protagonistas, que vão lutar por um romance proibido. Ela será vivida por Isabella Aguiar quando criança, Julia Dalavia na adolescência e Camila Pitanga quando adulta. Enquanto ele será interpretado por Rogerinho Costa, Renato Goes e Domingos Montagner, respectivamente.
RIVALIDADE - Quem vai travar o impedimento deste amor é Afrânio, papel de Rodrigo Santoro nas fases iniciais, e de Antonio Fagundes quando a trama chegar aos dias atuais. Pai de Maria Tereza, o coronel é rival do capitão Ernesto Rosa, personagem de Rodrigo Lombardi. Este será responsável por acolher em sua casa os sofridos pais de Santo: Belmiro e Piedade, vividos por Chico Diaz e Cyria Coentro. Daí a ligação de Santo com Rosa e, portanto, rejeição de Afrânio por Santo.
AS NASCENTES DE UM NOVO AMOR - Forte e destemida, Maria Tereza nasceu de um parto difícil, mas logo se tornou dona de seu próprio nariz, vivendo solta na fazenda de sua família. Com Santo foi diferente. Ele sobreviveu a um nascimento também milagroso, mas ainda bebê quase morreu nos braços da mãe sem leite, nem água. Os dois se conheceram ainda crianças, durante uma procissão para São Francisco de Assis às margens do rio. Obrigados a se vestirem de Nossa Senhora e São José, eles largaram a cerimônia e se jogaram nas águas do Velho Chico, recebendo a bênção de um novo amor. A partir daquele momento, não importam mais o ódio, a rivalidade e as brigas que atravessam as histórias de suas famílias.
UM NOVO ENTRAVE: O CIÚME - Apesar de driblarem os sentimentos de vingança que separam suas famílias, os jovens não vão escapar do ciúme - não o de um pelo outro, mas no que eles despertam nos corações de pessoas próximas: Cícero, interpretado por Lucca Fontoura, Pablo Morais e Marcos Palmeira, e Luzia, vivida por Carla Fabiana, Larissa Góes e Lucy Alves nas diferentes fases da novela.
Criado com Maria Tereza, Cícero acaba nutrindo mais que um amor de irmã pela filha dos patrões de seus pais. Como não é bobo, descobre a relação dela com Santo e, ali, o ódio se torna maior que qualquer outro sentimento. A jovem não faz ideia, mas é ele quem vai dedurar tudo isso a Afrânio, provocando um de seus piores pesadelos: a separação do amado.
Por outro lado, Luzia é completamente apaixonada por Santo, apesar de terem sido também criados como irmãos. Ela é filha adotiva de Rosa e Eulália e, quando Terê é levada para um convento, impede que os dois se comuniquem, interceptando as cartas da moça. É por causa de Luzia que Santo não fica sabendo que sua amada espera um filho seu.
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Chico Diaz será Belmiro em 'Velho Chico'. Os detalhes do figurino, como envelhecimento das peças e formato do chapéu foram cuidadosamente trabalhados pelas equipes de produção da novela (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
"Um resgate da brasilidade". Assim pode ser definida a proposta de Velho Chico pela autora Edmara Barbosa, que assina a nova novela das 9 com seu filho, Bruno Luperi. Filha e neto de Benedito Ruy Barbosa, os dois formam uma parceria de completa entrega com Luiz Fernando Carvalho, diretor artístico da obra. A ideia do enredo é mostrar a profundidade e o coração do Brasil. Por isso, a produção teve que pôr a mão na massa para tornar esta história real.
O figurino e seu processo artesanal
Rodrigo Lombardi e Chico de Assis posam lado a lado nos bastidores das gravações. Suas roupas passaram por processos de envelhecimento artesanal até ficarem prontas para o capitão Rosa e coronel Salgado (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
De verdade. Assim serão as roupas dos personagens de Velho Chico. Foi através de um processo inteiramente artesanal que as peças do figurino da nova novela das 9 ficaram prontas. Segundo a figurinista Thanara Schonardie, foi necessário realizar um trabalho de descoloração do tecido e tingimento para chegar na cor definida. Nas primeiras fases, que se passam no final da década de 1960 e início de 1970, predominam os tons pastéis para os personagens sertanejos, enquanto os tons saturados vestem os que vivem na cidade grande.
Cyria Coentro será uma retirante, Piedade. Na imagem, ela utiliza diversas peças que compõem o figurino peculiar da personagem (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
Marina Nery recebe instruções de Luiz Fernando Carvalho nas gravações como Leonor. Em cena, ela usa um vestido que mistura estampas (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
Mas o detalhe principal da produção leva a realidade do Brasil à novela. O envelhecimento das roupas aconteceu de maneira natural, com exposição ao sol e até com o contato da própria terra do sertão. Além disso, a equipe foi em busca de materiais do povo nordestino nos locais de gravação. Tudo entre Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia. Os moradores locais cediam suas peças usadas e, em troca, ganhavam roupas e acessórios novos. Isso aconteceu para que os personagens ficassem com a cara do sertanejo. A ideia partiu do diretor Luiz Fernando Carvalho.
A cenografia da restauração
Umberto Magnani será o Padre Romão. Na imagem, ele chega à fazenda de Grotas, a casa de Afrânio, personagem dividido por Rodrigo Santoro e Antonio Fagundes nas diferentes fases de 'Velho Chico'. A construção está localizada na Ilha de Cajaíba, na Bahia (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
Simples referências de construções nordestinas não seriam o suficiente para retratar a realidade que propõe Velho Chico. Desta maneira, o conceito da equipe da cenografia leva à novela locais cheios de história, com a conservação e restauração de suas estruturas. "Toda a arquitetura das locações no Nordeste está sendo resgatada, preservando a essência de cada espaço utilizado", explica Danielly Ramos, que assina o trabalho ao lado de Keller Veiga.
Como Encarnação, Selma Egrei posa na sacada da fazenda de Grotas (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
Os principais cenários nordestinos serão a fazenda Piatã, do capitão Rosa, vivido por Rodrigo Lombardi, e a fazenda de Grotas, da família de Sá Ribeiro, que será liderada por Afrânio, papel de Rodrigo Santoro na primeira fase. A restauração das construções buscaram recuperar memórias do local. As obras foram realizadas por profissionais das próprias cidades onde as cenas estão sendo gravadas.
Como Afrânio, Rodrigo Santoro é clicado em uma das locações nordestinas (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
Barbara Reis, intérprete de Doninha, funcionária da família Sá Ribeiro, grava também na fazenda de Grotas (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
A equipe cenográfica de 'Velho Chico' busca recuperar a memória dos locais nas restaurações das construções utilizadas para a novela (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
Já nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, a cidade cenográfica foi construída a partir de materiais reaproveitados e restaurados. Ali, há também elementos de paisagismo de origem nordestina.
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'Velho Chico': autores explicam as fases da nova novela das 9
Benedito Ruy Barbosa assinou grandes sucessos na TV como Esperança (2002/ 2003), Terra Nostra (1999/ 2000), O Rei do Gado (1996/ 1997), Renascer (1993) e Pantanal (1990). A lista ainda vai além, e seu mais novo integrante é Velho Chico, a nova novela das 9. Mas o renomado autor não estará sozinho neste romance. Pelo contrário. Ele deixa a cargo de sua filha, Edmara Barbosa, e seu neto, Bruno Luperi, a missão e a arte de contar a história da saga familiar que vai suceder A Regra do Jogo.
"Estamos trabalhando com três gerações, divergências de opiniões e pontos de vista, o que é uma experiência fantástica", revela Bruno. Aos 27 anos, ele escreve os capítulos de Velho Chico com sua mãe, que tem 55, e não dispensa a constante consulta ao seu avô, que está com 84 anos. A diferença de idade é justamente o que traz riqueza para esta história, que tem o DNA beneditino com um olhar contemporâneo.
O tempo e seu papel
Dividida em duas fases principais, Velho Chico começa no final da década de 60 e chega aos dias atuais. Para Bruno, a própria narrativa pede esta mudança de tempo. "A primeira fase é muito boa, tem um ótimo enredo e, a impressão que dá, em uma visão mais saudosista, é que antigamente as coisas eram mais bonitas, mais líricas. Mas o mundo de hoje carrega sua beleza também. E, por isso, chegamos à segunda fase com a mesma satisfação e prazer de contar a história que tivemos quando começamos a primeira. Foi na arte de encontrar esta visão que resolvemos o dilema de lidar com estas fases", relata o autor.
Para ele e sua mãe, Edmara, o grande desafio em termos de autoria está na busca pelos pontos que podem transcender estas gerações. "O mundo continua sendo belo, a não ser que você fique o dia inteiro na frente do celular. Quando encontramos o meio termo, onde os mitos ainda vivem nos dias de hoje, porque eles seguem no nosso imaginário, encontramos o Velho Chico. O objetivo é trazer, do passado, esta relação mítica que, nesta história, é muito forte", explica Bruno.
A grande quebra que existe entre as gerações, segundo Edmara, está na forma de perceber o tempo. A dinâmica do dia a dia e a forma de operar dos jovens já é diferente da relação que seus pais construíram. "Hoje, o acesso à informação é indiscutivelmente benéfico, mas perde-se um pouco da intuição, do tempo contemplativo, que é resgatado na primeira fase. A pessoa precisa parar para ver, e as coisas não acontecem a mil por hora. No segundo momento, a necessidade de fazer tudo muito rápido está muito mais presente na juventude, que precisa mudar tudo do dia para a noite", contextualiza a autora.
Um novo recorte
"O nosso jovem briga, é engajado nas lutas (...). Essa nova geração ainda não foi representada pelo ângulo beneditino."--- Edmara Barbosa e Bruno Luperi, autores de 'Velho Chico'
A trama retrata uma história de amor cheia de entraves, misturas de sentimentos que carregam fortes personalidades e uma boa dose de drama, mas não é só isso.
"Normalmente, a gente ficaria muito mais preso ao romance, e é claro que existem as guerras familiares e tudo o que uma grande novela pede, só que, respaldada em cima disso, tem uma discussão sobre comportamento, sobrevivência. A grande diferença está em uma juventude propondo uma mudança em um novo Brasil, é uma nova forma de olhar o mundo (...) O nosso jovem briga, é engajado nas lutas. A nossa juventude leva a sério". Bruno completa: "Essa nova geração ainda não foi representada pelo ângulo beneditino. Eu vejo a continuidade das histórias em termos de tom de voz e jeito de olhar".
Em seus primeiros suspiros, a novela já resgata um dos principais sentimentos que fazem parte da proposta principal dos autores: o nacionalismo. Esta é uma grande característica das histórias de Benedito, e é natural que existam comparações e semelhanças até mesmo com outras obras. Bruno ressalta a grande presença do residual beneditino e a influência do olhar do diretor Luiz Fernando Carvalho, que comandou, ao lado de seu avô, sucessos como O Rei do Gado, Renascer, Esperança e Meu Pedacinho de Chão (2014), mas garante que Velho Chico é único.
"As pessoas poderão fazer ligações próximas com o estilo de contar a história, o retrato da valorização do Brasil e dos povos naturais. Em termos de tramas, existem muitos paralelos, apesar de serem muito diferentes. Não é a mesma forma de falar. Não é a mesma saga do Mezenga. É uma paginação única com um universo muito próprio", descreve o autor.
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Benedito Ruy Barbosa assina 'Velho Chico' com neto, que evita comparação com 'O Rei do Gado'
Maria Tereza e Santo são o casal de protagonistas de 'Velho Chico'; na primeira fase, eles serão vividos por Julia Dalavia e Renato Góes (Foto: Caiuá Franco/ Globo)
A dobradinha se repete: o universo beneditino e o olhar de Luiz Fernando Carvalho. O autor Benedito Ruy Barbosa e o diretor artístico já fizeram, juntos, Renascer (1993), O Rei do Gado (1996/1997), Esperança (2002) e Meu Pedacinho de Chão (2014). Apesar de a história ser do renomado autor de 84 anos, são sua filha, Edmara Barbosa, e seu neto, Bruno Luperi, que assinam a nova novela das 9, Velho Chico, e é o jovem, de 27 anos, que traça paralelos entre as produções.
"A relação é próxima com o universo beneditino, e eu acho que as pessoas vão reparar e fazer ligações com o residual do estilo literário do meu avô combinado ao residual da imagem do Luiz, mas é uma história particular. Não é a mesma saga do Mezenga [personagem vivido por Antonio Fagundes em O Rei do Gado]. Vamos ter uma valorização do Brasil e dos povos naturais, o que também estava presente em 'Renascer'", explica Luperi, que completa: "O universo é muito próprio. Acredito que o povo vá ser representado com críticas sociais de ambos os lados, tanto no texto quanto na imagem".
Em termos de trama, o jovem autor faz novas comparações e relembra as colocações do próprio diretor. "O Luiz aponta uma relação até shakespeariana no Afrânio [personagem de Rodrigo Santoro na primeira fase da novela]. Ele tem umas dicotomias na cabeça dele entre ser ou não ser um coronel, então existe esse paralelo, apesar de serem histórias bem diferentes. Além disso, tem aquele roteiro de briga, famílias quentes, em que as pessoas falam alto e um invade o território do outro. Isso também já esteve presente em outros trabalhos. Mas, quando você coloca a embocadura, o jeito de falar sertanejo e nordestino, a trama ganha uma nova roupagem", completa o neto de Benedito.
O processo criativo e o tal DNA beneditino
O olhar contemporâneo de Bruno, aliado à experiência da mãe, Edmara, que assina novelas com o pai há muitos anos, continua o traçado de Benedito Ruy Barbosa, que supervisiona o texto de Velho Chico. E não poderia ser com outra pessoa que a família aprenderia a contar histórias.
"Eu guardei duas lições deste processo só vendo o jeito do meu avô: ele sempre se emocionava contando suas criações, mas não com facilidade, com sinceridade. Ao mesmo tempo, ele tentava rir. Lembro de vê-lo escrevendo chorando e rindo, o que acabou acontecendo comigo. Outra coisa é a intimidade que você tem que criar o personagem. É meio maluco, mas outro dia eu percebi que estava escrevendo horas e passei o dia inteiro conversando sem abrir a boca. Eu estava falando com eles na minha cabeça", conta o autor.
Além deste processo que vai sendo criado com a experiência do texto, Edmara ressalta a importância do conhecimento daquele universo. "Meu pai sempre fala que a gente não consegue falar sobre aquilo que não está dentro de você, então acredito que o escritor tem sempre que se apropriar da vida daquelas pessoas ali representadas", ela opina e completa: "Eu acho que o público vai reconhecer muito este DNA dele na hora da escrita. E acaba sendo até um elogio para a gente, porque falam que é a cara do Benedito e estamos andando na mesma linha e de uma maneira natural, porque foi ouvindo as histórias dele que a gente foi educado. Antes de ser um escritor de novelas, ele é um grande contador de história, um grande narrador".
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Se não viu as chamadas de 'Velho Chico', confira algumas a seguir. Se já viu, reveja!
TEASER: Música apresenta próxima novela da faixa das 21h
Ainda na primeira quinzena de Fevereiro, foi ao ar o primeiro teaser de 'Velho Chico'. Confira:
| CHAMADA: Encarnação (Selma Egrei)
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CHAMADA: Jacinto (Tarcísio Meira)
| CENAS DA NOVELA:
Todas as chamadas da novela você pode conferir no canal oficial da Rede Globo no YouTube (Globo).
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| Velho Chico: Resumo dos capítulos 001 a 006, de 14 a 19 de março
- Primeiro capítulo, 14/3: Capitão Rosa fica na mira do Coronel Jacinto
Eugênio conta a Martim a história do Velho Chico. Coronel Jacinto pede que Padre Romão anuncie ao povo a candidatura de Afrânio a deputado após a missa paroquial. Capitão Rosa acusa Jacinto de roubar o povo, e Padre Romão aparta a briga entre os dois. Eulália teme o confronto de Rosa e Jacinto, mas Encarnação incentiva o marido a enfrentar o capitão. Piedade e Belmiro lamentam a seca no sertão. Encarnação não aprova o ingresso de Afrânio na política. Jacinto e Floriano selam um acordo contra o Capitão Rosa. Afrânio se decepciona ao descobrir que Encarnação não foi para sua formatura. Iolanda afirma a Afrânio que cansou de namorar às escondidas. Afrânio declara seu amor por Iolanda. Encarnação sofre pela ausência de Inácio e culpa Jacinto pela morte do filho. Jacinto sente uma forte dor no peito e não resiste.
*OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DA NOVELA.
- Segundo capítulo, 15/3: Piedade sente as dores do parto
Piedade sente as dores do parto, mas não encontra Belmiro. Eulália comunica a Capitão Rosa o falecimento do Coronel Jacinto. Encarnação exige que Afrânio vá para a fazenda. Piedade revela a Belmiro que seu bebê irá nascer.
*OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DA NOVELA.
- Terceiro capítulo, 16/3: Nasce Santo, filho de Piedade e Belmiro
Piedade avisa a Belmiro que ele terá de fazer o parto de seu filho. Afrânio pensa em assumir seu romance com Iolanda para os pais. Nasce o filho de Piedade e Belmiro, e a mãe decide nomear o bebê de Santo. Afrânio chega à fazenda dos pais. Coronel Floriano insinua que Afrânio deve ocupar o lugar de Jacinto. Afrânio desabafa com Doninha. Capitão Rosa confronta Afrânio. Matilde tenta convencer Iolanda a desistir de Afrânio.
*OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DA NOVELA.
- Quarto capítulo, 17/3: Belmiro flagra fogo criminoso, e Afrânio assume os negócios da família
Afrânio se revela para Encarnação e afirma que voltou para cuidar do que é seu. Capitão Rosa encontra um bebê abandonado na plantação de algodão, e Eulália cuida da criança. Piedade e Belmiro decidem deixar suas terras para proteger Santo. Clemente alerta Afrânio sobre a concorrência de Rosa. Afrânio nega trabalho a Belmiro. Piedade amamenta Luzia. Capitão Rosa aceita Belmiro e Piedade em sua casa, a pedido de Eulália. Afrânio sofre para se adaptar a sua nova vida. Belmiro flagra Clemente e seus jagunços ateando fogo no galpão de Rosa.
*OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DA NOVELA.
- Quinto capítulo, 18/3: Afrânio e Leonor fazem amor e são pegos no flagra
Belmiro avisa ao Capitão Rosa que viu o autor do incêndio. Rosa afirma que Belmiro trabalhará para ele. Afrânio teme que seu nome seja envolvido no atentado comandado por Clemente. O delegado inventa uma desculpa para não investigar o crime contra a fazenda de Rosa. Afrânio decide visitar outras fazendas. Leonor faz uma promessa a seu santo e afirma que deseja deixar sua casa. Afrânio se encanta por Leonor. Aracaçu conversa com Afrânio sobre Jacinto. Zilu surpreende Afrânio e Leonor juntos.
*OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DA NOVELA.
- Sexto capítulo, 19/3: Afrânio e Leonor se casam
Afrânio se casa com Leonor. Encarnação conhece Leonor e briga com Afrânio. Capitão Rosa explica seus planos para Belmiro. Afrânio e Clemente lembram de Inácio. Encarnação ordena que Leonor seja devolvida à família, mas Afrânio confronta a mãe. Capitão Rosa convoca uma reunião com os produtores da região, e Chico Criatura se preocupa. Floriano exige provas de que foi Afrânio quem ateou fogo no galpão de Rosa. Leonor comenta com Doninha sobre sua promessa a São Gonçalo. Encarnação exige que Padre Romão anule o casamento de Afrânio e Leonor.
*OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DA NOVELA.
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| Encarando segunda temporada de 'Os Dez Mandamentos', "Velho Chico" vem com a missão de manter os índices da reta final de "A Regra do Jogo" ou elevar.
| A nova novela das 21h estreia nesta segunda (14), logo depois do "Jornal Nacional", na Globo.
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