Início de Páginas da Vida” foi marcado por polêmicas

“Páginas da Vida” deu o que falar antes mesmo da estreia (Foto: Arquivo/Rede Globo- Páginas da Vida, de 2006)

A novela “Páginas da Vida”, exibida pela Globo em 2006, às 21h, foi marcada por muita polêmica antes mesmo de estrear. O autor Manoel Carlos exibiu no primeiro capítulo da trama um arrastão no Rio de Janeiro. O governo da cidade maravilhosa acreditou que as cenas teriam uma repercussão negativa. Apesar da notificação dias antes da estreia, a Globo exibiu as cenas normalmente, mas outra reclamação foi feita por moradores do Leblon. O tradicional bairro carioca, preferido do Maneco, foi “invadido” pela equipe da trama, que gravou dezenas de sequências por lá. Os moradores não gostaram da movimentação e chegaram a atirar ovos nos profissionais.

Sensual ou Vugar? Lua de Mel deu o que falar (Foto: Arquivo/Rede Globo- Páginas da Vida, de 2006)

Superando os problemas de locações, a novela enfim estreou no dia 10 de julho, mas as polêmicas só estavam começando. No sexto capítulo, as cenas da lua de mel de Olívia (Ana Paula Arósio) e Sílvio (Edson Celulari) deram o que falar. A mocinha liberal apareceu com os seios de fora, e dizia frases picantes ao marido.

O conteúdo foi considerado impróprio, já que a família brasileira assistia a TV no horário nobre. Em entrevistas, o autor se defendeu, afirmando que “a cena foi muito bonita, de bom gosto e sem vulgaridade”.

Toda babada

No mesmo dia, no final do capítulo, um depoimento chocou o Brasil. Uma senhora de 68 anos falou abertamente sobre sexualidade: “Esse negócio das pessoas dizerem que têm que gozar junto, que é isso que faz neném, é tudo mentira, porque fiquei sem gozar dos meus 14 aos 45 anos. [...] Daí, eu colecionava discos do Roberto Carlos e, aos 45 anos, ganhei um LP dele. Botei na vitrola a música ‘Côncavo e Convexo’ e fui dormir. E quando acordei, estava com a perna suspensa, a calcinha na mão e toda babada. Comentei com as amigas, elas disseram: ‘você gozou!’. Aí que vim saber o que era gozo. Moral da história: sou uma mulher de 68 aos, que homem pra mim não faz falta, eu mesma dou meu jeito”, disse a mulher.

Relembre:

O Ministério da Justiça cogitou classificar a novela como imprópria para menores de 16 anos devido às cenas. Essa classificação, porém, nunca foi dada e a novela foi reclassificada para menores de 14 anos.