A partir da 5ª temporada, ‘Sob Pressão’, série da Globo, será vista antes pelo GloboPlay
Nova safra traz mistério sobre suposto filho de Evandro (Júlio Andrade), marido de Carolina (Marjorie Estiano). Foto: João Cotta/Divulgação
A 4ª temporada estreia em menos de duas semanas, em 12 de agosto, tendo a TV aberta como primeira janela de exibição, assim como ocorreu com as três temporadas anteriores.
Criação de Luiz Noronha, Claudio Torres, Renato Fagundes e Jorge Furtado, a partir de ideia original da diretora Mini Kerti, a série “Sob Pressão” é derivada do filme homônimo, produzido em 2016, livremente inspirado no livro “Sob Pressão: A Rotina de Guera de Um mèdico Brasileiro”, do cirurgião torácico Marcio Maranhão, em depoimento à jornalista Karla Monteiro.
A série, pode-se dizer, teve mais sucesso que o filme, e foi ganhando aplausos e prêmios ao longo das três primeiras temporadas, a ponto de a Globo ter desistido de encerrar o título após três safras. No ano passado, em meio à crise sanitária mundial trazida pela Covid-19, o título mereceu a produção de dois episódios excepcionais sobre o assunto.
O público pode então entrar em um hospital de campanha durante a pandemia, pelo olhar da série. Embora se trate de uma dramaturgia de ficção, todo o roteiro, assinado por Lucas Paraízo, Márcio Alemão, André Sirangelo e Pedro Riguetti, é calçado na consultoria ao médico Marcio Maranhão, que inclusive teve Covid e trabalhou na linha de frente do enfrentamento à doença. A direção é de Andrucha Waddington.
Encabeçado por Júlio Andrade e Marjorie Estiano, o elenco conta com Bruno Garcia, Drica Moraes e Pablo Sanábio, time que recebeu também David Júnior desde os episódios “Plantão Covid”. Nesta 4ª temporada, Bárbara Reis se junta ao cast hospitalar. Arlete Salles e Ary Fontoura fazem participação especial em um episódio que abordará HIV na terceira idade. Ailton Graça também estará em cena em um capítulo que traz o racismo à tona.
A série mantém a proposta de abordar grandes dramas sociais por meio da saúde, o que é sempre feito de uma maneira muito útil para o repertório do público, sem perder a delicadeza em meio a cenas de sangue, seringas, agulhas e outras ferramentas cirúrgicas.
Nas temporadas anteriores, o ambiente hospitalar já foi palco de debate sobre corrupção na saúde, violência doméstica, tráfico de drogas, pedofilia, dependência química, preconceito de gênero e, no conjunto da obra, o descaso do país à saúde pública.
Até a questão das milícias foi parar no pronto-socorro, após o desabamento de um prédio que deixou feridos, episódio que anteviu fato idêntico ocorrido no Rio. Para Lucas Paraízo, responsável pelo texto final, não é que a equipe seja vidente, mas, infelizmente, os problemas no país são cíclicos e se repetem –daí algumas coincidências entre a ficção e o noticiário.
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