Retrospectiva 2016 - #3: Trama clássica de "Além do Tempo" e o mix de tramas do Walcyr arrebataram o público das seis da Globo
Relembrar é viver! Na terceira parte da Retrospectiva 2016 sobre o ano da televisão, vamos falar sobre as três novelas que no decorrer do ano agitaram a faixa das 18h da Globo, uma das mais tradicionais da emissora. A reta final eletrizante de "Além do Tempo", o fenômeno "Êta Mundo Bom!" e a mediana "Sol Nascente" são os destaques desta parte da retrospectiva. Confira!
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E a qualidade da produção esteve evidente do começo ao fim. A reta final da história no século XIX foi absolutamente épica, e a do século XXI, embora não tivesse o mesmo fôlego da reta final da primeira fase, honrou, pelo menos, a qualidade vista da novela. Toda a obsessão e loucura de Pedro (Emílio Dantas) foi ficando evidente, até que ele resolveu sequestrar o filho de Felipe, Alex (Kadu Schons), reforçando que não havia evoluído nada em relação a sua vida na primeira fase da novela, onde também foi sua obsessão e loucura que acabou com a vida de Lívia e Felipe. Além disso, as sequências do penúltimo capítulo, no qual Vitória (Irene Ravache) e Emília (Ana Beatriz Nogueira) finalmente se abraçam e se perdoam e em que as duas, mais a Lívia se abraçam, foram primorosas. O último capítulo, exibido no dia 15 de janeiro, foi simplesmente impactante e belíssimo, com a cena do penhasco se repetindo mais uma vez, agora com Lívia e Felipe sendo salvos por Melissa (Paolla Oliveira), que acabou se redimindo e salvando aquele casal que ela até então odiava, com a ajuda de Ariel (Michel Melamed) e as mensagens de reflexão sobre a vida foram simplesmente impecáveis. A novela de Elisabeth Jhin substituiu muito bem a também primorosa "Sete Vidas" e deixou muitas saudades.
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LEIA TAMBÉM: História clássica, ótimas interpretações e produção caprichada foram as marcas de "Além do Tempo"
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Felizmente, 'Além do Tempo' teve uma substituta à sua altura: 'Êta Mundo Bom!', trama de Walcyr Carrasco, que retornou à faixa das seis depois de passar pela faixa das sete (Sete Pecados, 2007; Caras & Bocas, 2009 e Morde & Assopra, 2011), das nove (Amor à Vida, 2013) e das onze (Gabriela, 2012 e Verdades Secretas, 2015). A sua última novela nesta faixa havia sido "Alma Gêmea" (2005), que foi um fenômeno de audiência e repercussão na época de sua primeira exibição e também na sua reprise, entre 2009 e 2010. Não se esperava outra coisa do autor senão repetir o mesmo feito com "Êta Mundo Bom!". E assim aconteceu.
No dia 18 de janeiro deste ano, entrou no ar a novela de época ambientada entre as décadas de 20 e 40, reforçando a habilidade do autor em conduzir novelas de época. A história de Candinho (Sérgio Guizé), que bebê acaba sendo separado da mãe, Anastácia (Eliane Giardini) comoveu o público. A inveja de Sandra (Flávia Alessandra), o romance comovente de Osório (Arthur Aguiar) e Gerusa (Giovanna Grigio), o romance cheio de torcida de Celso (Rainer Cadete) e Maria (Bianca Bin), os vários disfarces de Pancrácio (Marcos Nanini, que também viveu o irmão gêmeo Pandolfo), a inocente Mafalda (Camila Queiroz), o divertido núcleo da fazenda com Cunegundes (Elizabeth Savalla), Quinzinho (Ary Fontoura), Romeu (Klebber Toledo), Zé dos Porcos (Anderson di Rizzi), entre outros personagens e tramas, conquistaram o público, que durante oito meses e 190 capítulos, acompanharam uma história bem contada, que teve alguns erros pontuais, como a escalação de Débora Nascimento como protagonista, que felizmente foi corrigida com a ascensão de Maria e que deixou saudades.
"Êta Mundo Bom!" foi um 'mix' com tudo que deu certo nas tramas anteriores --- na faixa das seis --- do autor. No entanto, o fato dele ter passado 11 anos longe da faixa pesou bastante para que a novela tivesse o resultado que teve. Não foi uma novela excepcional, mas foi uma delícia acompanhar essa história tão boa e que deixou uma saudade que sentimos até hoje.
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LEIA MAIS: "Êta Mundo Bom!" acaba com audiência espetacular e prova mais uma vez que novelas de época são o ponto forte do horário das seis
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Essa saudade é fruto, principalmente, da substituta de "Êta". No dia 29 de agosto, estreou "Sol Nascente", trama escrita por Whalter Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer. A trama que é centrada na amizade que vira amor entre Alice (Giovanna Antonelli) e Mário (Bruno Gagliasso) pode ser facilmente colocada na lista dos equívocos do ano. Uma trama que não apresenta conflitos convidativos não é nada. E esse é, infelizmente, o caso da atual trama das seis. E o pior, lamentavelmente, é que esta novela ficará no ar até março de 2017, quando será substituída por "Novo Mundo", que terá sua história contada no período colonial moderno. No entanto, "Sol Nascente", nas últimas semanas, vem esboçando uma reação e parece ter potencial para melhorar. É aguardar pra ver.
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LEIA MAIS: Com trama clichê e limitada, "Sol Nascente" é apenas uma novela mediana
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|| AUDIÊNCIA: "Êta Mundo Bom!" se tornou o maior fenômeno da faixa desde "O Profeta"
No quesito audiência, a reta final de "Além do Tempo" não teve números expressivos, infelizmente e terminou com 19,80 pontos de média geral. No entanto, a sua sucessora, "Êta Mundo Bom!" conseguiu números impressionantes ao longo de sua exibição. Logo de cara, na sua estreia, no dia 18 de janeiro, a trama de Walcyr Carrasco estreou com a maior audiência da faixa desde "Araguaia", em 2010: 25 pontos de média. Ao longo dos meses, a novela subiu e alcançou expressivas médias, chegando a médias acima de 30 pontos diariamente, até nos dias de menor share (% de televisores ligados; sexta e sábado).
Em seu primeiro mês (de 18 à 31 de janeiro), a novela marcou 22.83 de média, caindo para 22.20 em fevereiro. No entanto, nos meses subsequentes, bateu recordes atrás de recordes: 24.18 em março; 26.61 em abril; 28.03 em maio; 29.07 em junho; 30.88 em julho e 30.78 em agosto. Foi um fenômeno de audiência e de repercussão, sendo o maior fenômeno desde "O Profeta", trama esta, que curiosamente, teve colaboração do Walcyr.
Desde o dia 29 de agosto no ar, "Sol Nascente" vem mostrando uma dificuldade em consolidar seu público, oscilando semanalmente em sua audiência. Atualmente, vem marcando entre 18 e 22 pontos de audiência, índices satisfatórios, mas se esperava mais da novela, uma vez que ela recebeu com mais de 30 pontos da antecessora. Entretanto, essa oscilação é reflexo do que vem sendo apresentado na televisão, como já dito acima. Resta aguardar pra ver como a atual novela das seis e a faixa se comportarão em 2017.
Embora "Sol Nascente" venha a osfuscar a qualidade apresentada durante o ano, o saldo geral das novelas das seis em 2016 é bem positivo. A reta final de "Além do Tempo" foi muito envolvente e "Êta Mundo Bom!" foi a melhor novela exibida na faixa durante o ano: personagens envolventes, trama bem escrita, trilha sonora bem selecionada... enfim, uma novela ótima. Que em 2017 a faixa das seis volte a ser palco de ótimos folhetins. Aguardemos.
Na quarta parte da Retrospectiva sobre televisão, o ano da faixa das sete da Globo. As novelas "Totalmente Demais" e "Rock Story" e "Haja Coração" serão relembradas na próxima Retrospectiva. Aguarde.
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#RETROSPECTIVA2016 - #03
> O ano da faixa das 18h da Globo
A Rede Globo iniciou 2016 com a exibição da reta final da novela das seis "Além do Tempo", de autoria de Elizabeth Jhin. Em uma obra totalmente ousada, em que a autora promoveu uma passagem de tempo de mais de 100 anos, o telespectador se viu arrebatado pelo romance de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), tanto na primeira fase da trama (no ar entre julho e outubro de 2015) como na segunda fase (de outubro de 2015 até o final, em janeiro deste ano). Foi uma das melhores novelas das seis exibidas pela Globo.
E a qualidade da produção esteve evidente do começo ao fim. A reta final da história no século XIX foi absolutamente épica, e a do século XXI, embora não tivesse o mesmo fôlego da reta final da primeira fase, honrou, pelo menos, a qualidade vista da novela. Toda a obsessão e loucura de Pedro (Emílio Dantas) foi ficando evidente, até que ele resolveu sequestrar o filho de Felipe, Alex (Kadu Schons), reforçando que não havia evoluído nada em relação a sua vida na primeira fase da novela, onde também foi sua obsessão e loucura que acabou com a vida de Lívia e Felipe. Além disso, as sequências do penúltimo capítulo, no qual Vitória (Irene Ravache) e Emília (Ana Beatriz Nogueira) finalmente se abraçam e se perdoam e em que as duas, mais a Lívia se abraçam, foram primorosas. O último capítulo, exibido no dia 15 de janeiro, foi simplesmente impactante e belíssimo, com a cena do penhasco se repetindo mais uma vez, agora com Lívia e Felipe sendo salvos por Melissa (Paolla Oliveira), que acabou se redimindo e salvando aquele casal que ela até então odiava, com a ajuda de Ariel (Michel Melamed) e as mensagens de reflexão sobre a vida foram simplesmente impecáveis. A novela de Elisabeth Jhin substituiu muito bem a também primorosa "Sete Vidas" e deixou muitas saudades.
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Felizmente, 'Além do Tempo' teve uma substituta à sua altura: 'Êta Mundo Bom!', trama de Walcyr Carrasco, que retornou à faixa das seis depois de passar pela faixa das sete (Sete Pecados, 2007; Caras & Bocas, 2009 e Morde & Assopra, 2011), das nove (Amor à Vida, 2013) e das onze (Gabriela, 2012 e Verdades Secretas, 2015). A sua última novela nesta faixa havia sido "Alma Gêmea" (2005), que foi um fenômeno de audiência e repercussão na época de sua primeira exibição e também na sua reprise, entre 2009 e 2010. Não se esperava outra coisa do autor senão repetir o mesmo feito com "Êta Mundo Bom!". E assim aconteceu.
No dia 18 de janeiro deste ano, entrou no ar a novela de época ambientada entre as décadas de 20 e 40, reforçando a habilidade do autor em conduzir novelas de época. A história de Candinho (Sérgio Guizé), que bebê acaba sendo separado da mãe, Anastácia (Eliane Giardini) comoveu o público. A inveja de Sandra (Flávia Alessandra), o romance comovente de Osório (Arthur Aguiar) e Gerusa (Giovanna Grigio), o romance cheio de torcida de Celso (Rainer Cadete) e Maria (Bianca Bin), os vários disfarces de Pancrácio (Marcos Nanini, que também viveu o irmão gêmeo Pandolfo), a inocente Mafalda (Camila Queiroz), o divertido núcleo da fazenda com Cunegundes (Elizabeth Savalla), Quinzinho (Ary Fontoura), Romeu (Klebber Toledo), Zé dos Porcos (Anderson di Rizzi), entre outros personagens e tramas, conquistaram o público, que durante oito meses e 190 capítulos, acompanharam uma história bem contada, que teve alguns erros pontuais, como a escalação de Débora Nascimento como protagonista, que felizmente foi corrigida com a ascensão de Maria e que deixou saudades.
"Êta Mundo Bom!" foi um 'mix' com tudo que deu certo nas tramas anteriores --- na faixa das seis --- do autor. No entanto, o fato dele ter passado 11 anos longe da faixa pesou bastante para que a novela tivesse o resultado que teve. Não foi uma novela excepcional, mas foi uma delícia acompanhar essa história tão boa e que deixou uma saudade que sentimos até hoje.
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Essa saudade é fruto, principalmente, da substituta de "Êta". No dia 29 de agosto, estreou "Sol Nascente", trama escrita por Whalter Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer. A trama que é centrada na amizade que vira amor entre Alice (Giovanna Antonelli) e Mário (Bruno Gagliasso) pode ser facilmente colocada na lista dos equívocos do ano. Uma trama que não apresenta conflitos convidativos não é nada. E esse é, infelizmente, o caso da atual trama das seis. E o pior, lamentavelmente, é que esta novela ficará no ar até março de 2017, quando será substituída por "Novo Mundo", que terá sua história contada no período colonial moderno. No entanto, "Sol Nascente", nas últimas semanas, vem esboçando uma reação e parece ter potencial para melhorar. É aguardar pra ver.
LEIA MAIS: Com trama clichê e limitada, "Sol Nascente" é apenas uma novela mediana
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|| AUDIÊNCIA: "Êta Mundo Bom!" se tornou o maior fenômeno da faixa desde "O Profeta"
No quesito audiência, a reta final de "Além do Tempo" não teve números expressivos, infelizmente e terminou com 19,80 pontos de média geral. No entanto, a sua sucessora, "Êta Mundo Bom!" conseguiu números impressionantes ao longo de sua exibição. Logo de cara, na sua estreia, no dia 18 de janeiro, a trama de Walcyr Carrasco estreou com a maior audiência da faixa desde "Araguaia", em 2010: 25 pontos de média. Ao longo dos meses, a novela subiu e alcançou expressivas médias, chegando a médias acima de 30 pontos diariamente, até nos dias de menor share (% de televisores ligados; sexta e sábado).
Em seu primeiro mês (de 18 à 31 de janeiro), a novela marcou 22.83 de média, caindo para 22.20 em fevereiro. No entanto, nos meses subsequentes, bateu recordes atrás de recordes: 24.18 em março; 26.61 em abril; 28.03 em maio; 29.07 em junho; 30.88 em julho e 30.78 em agosto. Foi um fenômeno de audiência e de repercussão, sendo o maior fenômeno desde "O Profeta", trama esta, que curiosamente, teve colaboração do Walcyr.
Desde o dia 29 de agosto no ar, "Sol Nascente" vem mostrando uma dificuldade em consolidar seu público, oscilando semanalmente em sua audiência. Atualmente, vem marcando entre 18 e 22 pontos de audiência, índices satisfatórios, mas se esperava mais da novela, uma vez que ela recebeu com mais de 30 pontos da antecessora. Entretanto, essa oscilação é reflexo do que vem sendo apresentado na televisão, como já dito acima. Resta aguardar pra ver como a atual novela das seis e a faixa se comportarão em 2017.
Embora "Sol Nascente" venha a osfuscar a qualidade apresentada durante o ano, o saldo geral das novelas das seis em 2016 é bem positivo. A reta final de "Além do Tempo" foi muito envolvente e "Êta Mundo Bom!" foi a melhor novela exibida na faixa durante o ano: personagens envolventes, trama bem escrita, trilha sonora bem selecionada... enfim, uma novela ótima. Que em 2017 a faixa das seis volte a ser palco de ótimos folhetins. Aguardemos.
Na quarta parte da Retrospectiva sobre televisão, o ano da faixa das sete da Globo. As novelas "Totalmente Demais" e "Rock Story" e "Haja Coração" serão relembradas na próxima Retrospectiva. Aguarde.
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