"Nada Será Como Antes" foi uma boa série sobre a história da televisão, mas poderia ser bem melhor
Devido aos Jogos Olímpicos Rio 2016, a programação da Globo sofreu grandes alterações durante o ano, mas especificamente durante o segundo semestre deste ano. Mas, sem dúvidas, a faixa que mais sentiu isso foi a pós-novela das nove, principalmente nas terças-feiras. A rápida passagem de "Mister Brau" ---- que teve sua segunda temporada exibida entre abril e agosto, ou seja, apenas cinco meses no ar ---- deixou uma lacuna na grade. Porém, a Globo resolveu exibir no horário algo diferente do que exibia durante anos na faixa: ao invés de uma série de comédia/humor, uma produção sobre a história da televisão foi a escolhida para ficar, durante três meses no ar.
Desde o dia 27 de setembro, a emissora exibia "Nada Será Como Antes", que teve seu último episódio exibido na última terça-feira (20) --- este, o melhor da série. O objetivo da produção era contar a história dos primórdios da televisão brasileira. O mesmo foi cumprido da melhor forma possível. Criada por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão, a série desde o início mostrou o que pretendia contar.
Segundo o Gshow, site do entretenimento da TV Globo, em matéria publicada no mesmo mês da estreia da série: "O ano é 1946 e é possível ouvir o som dos rádios ecoando por cada lar brasileiro. A voz do locutor é algo tão familiar aos ouvidos das donas de casa, que ela até se atreve a contar histórias e anunciar produtos. É neste cenário que conhecemos Saulo Ribeiro (Murilo Benício), um talentoso vendedor dos populares aparelhos, que se apaixona perdidamente pela voz marcante de Verônica Maia (Débora Falabella). Juntos e apaixonados, o casal deixa o interior para ganhar a vida na capital fluminense. Dez anos se passam e, assim como Saulo planejara, Verônica se torna a diva da Rádio Copacabana, e ele, um perspicaz produtor do ramo."
Saulo, em meio ao domínio do rádio na época, resolve ousar e toma a iniciativa de inaugurar a primeira emissora de televisão do Brasil. Para isso, conta com a ajuda de Otaviano Azevedo Gomes (Daniel de Oliveira), que o ajuda nessa empreitada. É nesse contexto que surge a TV Guanabara, a primeira emissora de televisão do País.
Além de focar no nascimento da televisão no Brasil, a série também cedeu espaço para os dramas, romances e aventuras dos personagens. A paixão de Saulo por Verônica, concretizada no final da série, foi marcada por conflitos: ele acabou descobrindo que não poderia dar filhos à mulher que amava, por ser infértil; terminou com a esposa, com quem era casado a anos; acabou descobrindo que a ex teve um filho com outro em uma aventura de Carnaval; e acabou tomando a guarda do filho de Verônica, que só foi devolvida no último episódio da série.
Além disso, o triângulo amoroso entre Beatriz (Bruna Marquezine, que se destacou na série --- dançarina que acaba virando a estrela da TV Guanabara), Julia (Leticia Colin) e Otaviano, foi um dos trunfos da série. A morte da personagem por um homem interpretado por Jesuíta Barbosa deixou a desejar, mas no final acabou servindo para deixar aqueles irmãos perplexos pela tragédia que se envolveram.
"Nada Será Como Antes" contou com uma caprichada abertura, ao som de "Try a Little Tenderness", de Cassia Eller; uma boa trilha sonora; uma boa direção, de José Luiz Villamarim; mas, a estratégia da Globo de exibir a série de forma semanal foi equivocada, uma vez que o fato de se esperar sete dias para ver os desdobramentos daquela produção a tornou bastante lenta, desinteressante, ou seja, seria melhor exibir a mesma de terça a sexta, o que seria bem melhor para acompanhá-la.
No geral, "Nada Será Como Antes" foi uma boa série sobre a história da televisão, mas poderia ser bem melhor caso tivesse mesclado os dramas dos personagens e a história da televisão em todos os episódios, mas tal forma de desenvolvimento se torna plausível quando sabemos que a mesma conta apenas a história da primeira década da televisão do Brasil. E a série serviu também para mostrar a enorme química existente entre Débora Falabella e Murilo Benícia, casal na vida real e cuja química já tinha sido vista no fenômeno "Avenida Brasil" (2012). Na audiência, a série acabou tendo um desempenho razoável: 18 pontos de média geral, dois abaixo da meta do horário (22h30 - 20 pontos), entretanto, foi muito bem se considerado o fato de de seus episódios terem sido liberados, toda sexta antes da exibição na TV, no Globo Play.
E a série foi uma boa aposta, afinal, em 2017, a faixa pós-novela das nove, pelo menos nas terças-feiras voltará a ter uma comédia sendo exibida --- a terceira temporada de 'Mister Brau', que estreia em abril. É sempre bom sair da mesmice, afinal, quem ganha é o telespectador. Até a terceira semana de janeiro, a faixa contará com "Dois Irmãos", que estreia no dia 9 do mesmo mês. E do dia 24 de janeiro até abril, contará com a décima sétima edição do 'BBB'. Vale destacar, também que vale a pena investir nestes conteúdos diferentes, pois 'Nada Será Como Antes' foi uma série muito boa de se acompanhar, apesar dos pesares.
Desde o dia 27 de setembro, a emissora exibia "Nada Será Como Antes", que teve seu último episódio exibido na última terça-feira (20) --- este, o melhor da série. O objetivo da produção era contar a história dos primórdios da televisão brasileira. O mesmo foi cumprido da melhor forma possível. Criada por Guel Arraes, Jorge Furtado e João Falcão, a série desde o início mostrou o que pretendia contar.
Segundo o Gshow, site do entretenimento da TV Globo, em matéria publicada no mesmo mês da estreia da série: "O ano é 1946 e é possível ouvir o som dos rádios ecoando por cada lar brasileiro. A voz do locutor é algo tão familiar aos ouvidos das donas de casa, que ela até se atreve a contar histórias e anunciar produtos. É neste cenário que conhecemos Saulo Ribeiro (Murilo Benício), um talentoso vendedor dos populares aparelhos, que se apaixona perdidamente pela voz marcante de Verônica Maia (Débora Falabella). Juntos e apaixonados, o casal deixa o interior para ganhar a vida na capital fluminense. Dez anos se passam e, assim como Saulo planejara, Verônica se torna a diva da Rádio Copacabana, e ele, um perspicaz produtor do ramo."
Saulo, em meio ao domínio do rádio na época, resolve ousar e toma a iniciativa de inaugurar a primeira emissora de televisão do Brasil. Para isso, conta com a ajuda de Otaviano Azevedo Gomes (Daniel de Oliveira), que o ajuda nessa empreitada. É nesse contexto que surge a TV Guanabara, a primeira emissora de televisão do País.
Além de focar no nascimento da televisão no Brasil, a série também cedeu espaço para os dramas, romances e aventuras dos personagens. A paixão de Saulo por Verônica, concretizada no final da série, foi marcada por conflitos: ele acabou descobrindo que não poderia dar filhos à mulher que amava, por ser infértil; terminou com a esposa, com quem era casado a anos; acabou descobrindo que a ex teve um filho com outro em uma aventura de Carnaval; e acabou tomando a guarda do filho de Verônica, que só foi devolvida no último episódio da série.
Além disso, o triângulo amoroso entre Beatriz (Bruna Marquezine, que se destacou na série --- dançarina que acaba virando a estrela da TV Guanabara), Julia (Leticia Colin) e Otaviano, foi um dos trunfos da série. A morte da personagem por um homem interpretado por Jesuíta Barbosa deixou a desejar, mas no final acabou servindo para deixar aqueles irmãos perplexos pela tragédia que se envolveram.
"Nada Será Como Antes" contou com uma caprichada abertura, ao som de "Try a Little Tenderness", de Cassia Eller; uma boa trilha sonora; uma boa direção, de José Luiz Villamarim; mas, a estratégia da Globo de exibir a série de forma semanal foi equivocada, uma vez que o fato de se esperar sete dias para ver os desdobramentos daquela produção a tornou bastante lenta, desinteressante, ou seja, seria melhor exibir a mesma de terça a sexta, o que seria bem melhor para acompanhá-la.
No geral, "Nada Será Como Antes" foi uma boa série sobre a história da televisão, mas poderia ser bem melhor caso tivesse mesclado os dramas dos personagens e a história da televisão em todos os episódios, mas tal forma de desenvolvimento se torna plausível quando sabemos que a mesma conta apenas a história da primeira década da televisão do Brasil. E a série serviu também para mostrar a enorme química existente entre Débora Falabella e Murilo Benícia, casal na vida real e cuja química já tinha sido vista no fenômeno "Avenida Brasil" (2012). Na audiência, a série acabou tendo um desempenho razoável: 18 pontos de média geral, dois abaixo da meta do horário (22h30 - 20 pontos), entretanto, foi muito bem se considerado o fato de de seus episódios terem sido liberados, toda sexta antes da exibição na TV, no Globo Play.
E a série foi uma boa aposta, afinal, em 2017, a faixa pós-novela das nove, pelo menos nas terças-feiras voltará a ter uma comédia sendo exibida --- a terceira temporada de 'Mister Brau', que estreia em abril. É sempre bom sair da mesmice, afinal, quem ganha é o telespectador. Até a terceira semana de janeiro, a faixa contará com "Dois Irmãos", que estreia no dia 9 do mesmo mês. E do dia 24 de janeiro até abril, contará com a décima sétima edição do 'BBB'. Vale destacar, também que vale a pena investir nestes conteúdos diferentes, pois 'Nada Será Como Antes' foi uma série muito boa de se acompanhar, apesar dos pesares.
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