Retrospectiva: os sete anos de CNEC Portal do Sol, a escola onde entrei menino e saio homem
De início, este blog não era o que ele é hoje. Em 4 de março de 2012, dia no qual ele foi criado, a maior pretensão era contar fatos do cotidiano da minha vida. Com o passar do tempo, tal objetivo foi mudado e eu passei a tecer opiniões sobre o que passava na televisão, sobre os meus amigos da escola, além de contar a rotina que me cercava na mesma. No entanto, em 2013, tudo começou a mudar em função dos diversos conflitos resultantes da postagem de fotos de colegas na Internet, o que acabou fazendo com que tais postagens desaparecessem do blog gradativamente, dando lugar à postagens sobre as notícias do que acontece na televisão, no esporte, no Brasil e no mundo.
Hoje, 26 de dezembro de 2016, faltando cinco dias para o fim de um ano histórico nos campos pessoais, televisivo, econômico, político, esportivo, social, entre outros, chegou a hora de uma postagem sobre a minha vida dar lugar na Retrospectiva que vocês vem acompanhando por aqui desde o último dia 12 --- devido a imprevistos, a retrospectiva seguirá até a segunda quinzena de janeiro de 2017.
Na quarta parte --- especial --- da Retrospectiva 2016, vamos falar de outros anos (de 2010 para cá) e como foi o meu último ano estudando em uma escola onde eu entrei criança/adolescente (11 anos de idade) e estou saindo homem (18 anos). Vamos lá!
#RETROSPECTIVA 2016 - PARTE #04
ESPECIAL: os sete anos de CNEC
Desde os meus dois últimos anos no Ensino Fundamental I, o desejo dos meus pais era me colocarem em uma das unidades do CNEC. Entretanto, o meu desejo sempre foi terminar na escola chamada Instituto Moranguinho, onde entrei em 2006, no 2° ano (antiga primeira série) e saí depois de concluir o 5° ano (antiga quarta série). Foram quatro anos inesquecíveis, pois foi uma escola onde vivi momentos muito felizes, como, por exemplo, a formatura de conclusão do Ensino Fundamental I. Como a escola onde eu estudei só ia justamente até a quarta série, eu acabei não escapando de estudar em uma escola, que à princípio, eu estranhei --- como naturalmente acontece, claro.
2010: o começo de uma longa jornada
1° de fevereiro de 2010. Diferentemente dos anos anteriores, eu não estudaria no turno que estava mais acostumado, o da tarde. Pela primeira vez, eu estaria estudando no turno da manhã. Estudar à tarde sempre foi um questionamento meu, pois eu acabava sempre perdendo as boas atrações que passava na televisão no turno vespertino. Foi uma experiência de início difícil, mas atenuada ao longo do tempo.
Durante todos estes sete anos, eu tive a companhia da minha prima Ana Karoline, uma pessoa com quem na época vivia brigando, e depois estávamos conversando, brincando de novo. Foi uma pessoa com quem aprendi a respeitar e admirar, e hoje gosto ainda mais dela. A primeira --- e única --- suspensão que eu levei na minha vida foi justamente no meu primeiro ano no Centro Educacional Cenecista Professor Felipe Tiago Gomes. Foi uma experiência não muito boa.
No meu primeiro ano na CNEC, consegui ser aprovado de uma maneira tranquila, carimbando o meu "passaporte" para o 7° ano da segunda etapa do Ensino Fundamental.
2011: o começo dos problemas
O meu comportamento nas duas escolas onde eu havia estudado anteriormente sempre foram "ótimo", "excelente" ou "bom". No entanto, apesar da suspensão em 2010, eu pareci não ter me tocado do que eu estava fazendo. Uma série de atitudes de desrespeito com meus colegas de sala levaram a um distanciamento por parte deles, que acabou fazendo com que eu refletisse sobre o que eu estava fazendo. Uma atitude não pensada, inclusive, teve que fazer eu ir para uma psicóloga, onde eu aprendi a me controlar e buscar respeitar meus colegas.
Neste ano, eu acabei indo para a prova final em Matemática, a minha primeira na atual escola. Felizmente, eu consegui passar, rumo ao 8° ano do Ensino Fundamental. Na época, eu tinha 13 anos de idade.
2012: o ano do recomeço
No 8° ano do Ensino Fundamental, foi justamente a época que eu criei este blog. Percebendo cada vez mais o afastamento que os meus colegas tinham de mim, eu comecei a me questionar. Então, em março deste mesmo ano, eu comecei a conversar com Rafael Fernandes, um colega meu que estava estudando comigo desde a minha entrada lá, e era uma das pessoas com quem eu tinha uma afinidade muito grande.
Em uma dessas conversas com ele, eu questionei: por quê as pessoas ficavam tão distantes de mim? E ele me explicou: aquele meu jeito de me comportar e lidar com os meus colegas não era correto. Foi aí que eu comecei a resolver mudar. De início, muita gente não quis saber, mas pouco a pouco eu fui conquistando pelo menos o respeito de cada um.
No 8° ano, eu consegui uma aprovação para o 9° ano do Ensino Fundamental de uma maneira bem calma e fácil. Foi um ano de muito aprendizado.
2013: um ano mágico
Após dois anos passando direto (2010 e 2012) e um passando pela prova final (2011), 2013 foi um ano em que eu cheguei ao segundo semestre já praticamente passado de ano. O meu maior risco era em Química, uma matéria que chegava justamente naquele ano à grade escolar.
Além da facilidade em passar de ano, 2013 também foi marcado pelo começo de muitas amizades. Eu comecei a ter pessoas do meu lado, isso fruto da minha dedicação em mostrar que eu estava mudado e aprendendo a lidar com as diferenças dos meus colegas.
2014: Ensino Médio, uma sala lotada e complicações para passar de ano
Sem dúvidas, 2014 foi um dos anos mais marcantes da minha jornada na CNEC. Eu estava chegando ao ápice do meus estudados, entrando no Ensino Médio. O 1° Ano E.M foi absolutamente marcante, em todos os aspectos. A sala que inaugurou a base da turma do 3° ano de 2016 não tinha nada mais nada menos que 50 alunos. Ou seja, uma sala absolutamente lotada. E foi um ano muito bom, mas que eu sofri muito para chegar ao "Aprovado" almejado.
Eu fiquei nas provas finais de nada mais nada menos que 3 matérias (Física - Matemática I - Matemática II), mas graças a Deus e a minha dedicação, eu consegui passar. Era o passaporte para o penúltimo ano da minha jornada cenecista.
2015: um ano em que tudo começou a se afunilar
O penúltimo ano dos meus estudos foi marcado pela aquela sensação de que faltava muito pouco para que os desafios da vida começassem a se mostrar cada vez mais reais. Tudo começou a se afunilar. Foi um ano em que as amizades ficaram cada vez mais reais.
Para passar do 2° para o 3° ano do Ensino Médio, a caminhada não foi fácil. Além de fazer um 9.0 na prova de recuperação de média de Matemática I, eu ainda precisava passar na final de Matemática II, que felizmente eu consegui. Era o começo do final.
2016: um ano em que a saudade foi um sentimento presente desde o começo
25 de janeiro de 2016. O começo do último ano de Ensino Médio dava uma sensação de que tudo estava chegando ao fim. Aulas aos sábados, preparação para o ENEM valendo de verdade e muitos estudos fizeram parte da minha rotina e dos meus colegas durante 11 meses do ano.
Durante estes meses, a minha amizade com Inayara Cavalcante, Luiz Monteiro e Mateus Gomes esteve cada vez mais forte. Trabalhos feitos em equipe e um ajudando ao outro fez parte de todo esse período; a amizade com Leilyanne Macedo também esteve cada vez mais em evidência; apesar dos conflitos, nada impediu de boas conversas e de ajudas para Elton Correia, Gabriel Freire, Issamara Cavalcante, Pedro Henrique, Eduarda Silva; a inteligência também esteve em evidência durante as ajudas de Ludmila Vians, Rafaela Martins e Amanda Elisabeth; uma amizade com Rafaella Cabral; as grandes amigas que se tornaram Ana Raphaela e Kaysa Sales; os grandes amigos que sempre foram Artur e Kutxi; todas as dúvidas tiradas com Ana Karolina Viana e Rayana; a amizade desde o começo com Heloisa Lins e Eduarda Pinto; a sempre amiga que Vanessa foi; e para finalizar, uma amizade que chegou apenas este ano, mas que mesmo assim marcou demais.
E como esquecer Letícia? Uma pessoa que eu conheci em 2014 e desde então, aprendi a admirar e respeitar. As idas para o shopping, as idas de ônibus para casa, as ajudas que um dá pro outro, enfim, é uma pessoa que marcou demais a minha vida nestes últimos três anos. Uma pessoa absolutamente especial e que não poderia deixar de ser mencionada. ♡
Quando eu conheci Gleidson pela primeira vez, já em fevereiro, eu senti exatamente a mesma coisa quando eu vi Rafael. Uma afinidade sem explicação. Então, desde o começo, a amizade foi inevitável. Bem humorado, companheiro e legal, Gleidson foi uma das gratas surpresas destes sete anos meus de CNEC.
Mateus e Inayara foi um casal que desde 2011 eu sempre tive afinidade. A nossa maior aproximação neste último ano só reforça a grande amizade que nós temos e que tudo de melhor aconteça na vida deles; Eduarda Silva, Eduarda Pinto, Issamara, Gabriel, assim como Mateus e Inayara, foram pessoas que sempre nos momentos difíceis buscaram me ajudar. Serei grato para sempre!
No último ano, uma pitada de desespero. Em três matérias (Química, Matemática II e Física), eu cravei apenas 5.3 pontos na média do 1° trimestre, apresentando uma recuperação surpreendente nas três [Química: 9,0 (2° T.) e 7,5 (3° T.); Matemática II: 7,7 (2°) e 8,0 (3°); Física: 9,3 (2°) e 7,0 (3°)]. Entretanto, ter ficado com 5.0 de média em Matemática I foi determinante para me levar para mais uma prova final, já que as médias dos dois outros trimestres foram 7,0 e 7,7. Felizmente, nesta segunda (26), o resultado foi de aprovado. Acabei de concluir o Ensino Médio.
☆ SETE ANOS DE MUITO APRENDIZADO, EVOLUÇÃO DA MATURIDADE E MUITOS ACONTECIMENTOS
O desejo de não ir para a CNEC, em dezembro de 2007, acaba sendo tomado por um desejo que nada acabasse. Foram sete anos de muito aprendizado, evolução da maturidade e muitos acontecimentos (bons, ruins, de alegria, de tristeza). Sem dúvidas, um dos melhores momentos foi o passeio à Aldeia Flor D' Água, no dia 31 de maio de 2012.
Um momento muito triste foi a morte precoce de Arlley Luan, no dia 9 de fevereiro de 2015. Foi muito difícil lidar com o falecimento de uma criança que tinha tudo para viver momentos muito felizes. No entanto, Deus sabe o que faz e que ele possa seguir confortando a nós, amigos e familiares que sentimos tanto a perda dele.
'ENTREI MENINO,Como eu contei na Retrospectiva, eu cometi diversos erros na minha jornada pela CNEC. Diversas advertências e uma suspensão fizeram parte destes sete anos de estudo. A falta de maturidade foi uma das razões para um comportamento totalmente inaceitável para uma convivência em sociedade. Felizmente, graças as conversas com meus pais, com as coordenadoras (D'arc, principalmente), com a psicóloga, com os meus amigos, principalmente Rafael Fernandes e com a ajuda de Deus eu consegui mudar e me tornar uma pessoa melhor. Posso dizer, sem nenhum medo, que entrei menino e saio homem depois de tantos momentos nesta escola que jamais esquecerei.
SAIO HOMEM.'
---- Décio Lucas Pereira Rodrigues.
Obrigado a todos os professores que passaram pela minha vida e ajudaram a construir essa pessoa que eu sou hoje. Obrigado a cada um dos meus amigos e colegas de classe por todos os momentos vividos. Valeu a pena acordar cedo. Valeu a pena dedicar parte do meu tempo aos estudos. Valeu a pena noites mal-dormidas. Valeu a pena o sono sentido naquelas tardes depois da escola. Valeu a pena todos os momentos vividos. Não mudaria nada do que aconteceu em minha vida escolar, pois mesmo com todas aquelas brigas e broncas, a maturidade chegou. E ela está cada vez mais presente! E eu espero dar muito orgulho a todos vocês: amigos, colegas, familiares e professores. Estarei sempre no caminho do bem e buscando realizar meus sonhos, que se Deus quiser, conseguirei! #VemFederal!
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