Aprendendo Mais -- Edição #20: Surrealismo.
O Aprendendo Mais chega a vigésima edição e é muito bom saber que esse grande projeto está sendo um grande sucesso... Eu agradeço, pois se não fosse o reconhecimento de vocês esse projeto não conseguiria chegar a 20° edição, que tem como tema o Surrealismo. Confira à 20° Edição do 'Aprendendo Mais' e fique sabendo e aprendendo mais!!
Esta escola artística e literária se insinua no interior dos movimentos de vanguarda modernistas, englobando antigos adeptos do Dadaísmo – linhagem cultural nascida em Zurique, em 1916, que primava pela irracionalidade, pela censura a toda atitude moderada e era marcada por uma descrença total e um negativismo radical.
A teoria freudiana tem um grande peso na constituição do ideário surrealista, que valoriza acima de tudo o desempenho da esfera do inconsciente no processo da criação. O surrealismo procura expressar a ausência de racionalidade humana e as manifestações do subconsciente. Além dos dadaístas, ele se inspira também na arte metafísica de Giorgio de Chirico.
Os surrealistas deslizam pelas águas mágicas da irrealidade, desprezando a realidade concreta e mergulhando na esfera da absoluta liberdade de expressão, movida pela energia que emana da psique. Eles almejam alcançar justamente o espaço no qual o Homem se libera de toda a repressão exercida pela Razão, escapando assim do controle constante do Ego.
Aprendendo Mais-- Edição #20: Surrealismo.
O movimento surrealista nasceu no início do século XX, em Paris, fruto das teses de Sigmund Freud, criador da Psicanálise, e do contexto político indefinido que marcou este período, especialmente a década de 20. Ele questionava as crenças culturais então vigentes na Europa, bem como a postura humana, vulnerável frente a uma realidade cada vez mais difícil de compreender e dominar.
Os adeptos do Surrealismo se valem dos mesmos instrumentos que a Psicanálise, o método da livre associação e a investigação profunda dos impulsos oníricos, embora se esforcem para adaptar este manancial de recursos aos seus próprios fins. Desta forma eles objetivavam retratar o espaço descoberto por Freud no interior da mente humana, o inconsciente, através da abstração ou de imagens simbólicas.
O marco oficial da instituição deste movimento é o lançamento do Manifesto do Surrealismo, em outubro de 1924, por André Breton, que também o subscreveu. Este documento tinha o propósito de criar uma nova expressão artística acessível através do resgate das emoções e do impulso humano.
Isto só seria viável a partir do momento em que cada ser conquistasse o conhecimento de si mesmo, para então atingir o momento crítico no qual o interior e o exterior se revelam completamente coerentes diante da percepção humana. Ao mesmo tempo em que o Surrealismo pregava, como os dadaístas, a demolição do corpo social, ele propunha a gestação de uma nova sociedade, sustentada sobre outros alicerces.
O Surrealismo – expressão que foi apresentada inicialmente pelo poeta cubista Guillaume Apolinaire, em 1917 – contava em suas fileiras com nomes famosos como os de Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí, nas artes plásticas; André Breton, no campo da literatura; e Buñuel, no cinema. Eles lançam, em 1929, o Segundo Manifesto Surrealista, publicando ao mesmo tempo o periódico A Revolução Socialista. Na década de 30 esta escola se expande e inspira vários outros movimentos, tanto no continente europeu quanto no americano. No Brasil ela se torna uma das várias vertentes absorvidas pelo Modernismo.
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Um quadro do blog Décio Lucas Pereira Rodrigues|Oficial
Por: Décio Lucas Pereira Rodrigues| Site: Infoescola
Imagens: InfoEscola
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