"Êta Mundo Bom!" acaba com audiência espetacular e comprova mais uma vez que novelas de época é o grande ponto forte da faixa das seis
Nesta sexta-feira (26), chega ao fim o maior sucesso do horário das seis da Globo desde 2007. 'Êta Mundo Bom!' terá seu último capítulo exibido e na segunda (29), entrega a faixa para "Sol Nascente". "Êta Mundo Bom!" comprova mais uma vez que novelas de época é o grande ponto forte da faixa das seis. E a trama das seis comprovou mais uma vez que os enredos protagonizados no passado são a base de sustentação do horário.
Neste contexto, a trama baseada nos contos Cândido, ou O Otimismo, de Voltaire e O Comprador de Fazendas, do livro Urupês, de Monteiro Lobato e no filme Candinho, de 1954, dirigido por Abílio Pereira de Almeida e protagonizado por Amácio Mazzaropi, escrito por Walcyr Carrasco e Maria Elisa Berredo (que acabou saindo da novela, depois de desentendimentos com o autor principal), com colaboração de Daniel Berlinsky, Márcio Haiduck, Cláudia Tajes, Nelson Nadotti e Vinícius Vianna e que conta com a direção de Ana Paula Guimarães, Marcelo Zambelli e Diego Morais, sob direção geral e artística de Jorge Fernando, a novela das seis demonstra que este fenômeno finalmente recuperou uma faixa que estava em crise desde "Cordel Encantado" (2011) e da melhor forma possível.
'Êta Mundo Bom!', que estreou em janeiro deste ano, tinha como missão manter ou até elevar --- o que realmente fez --- a audiência da faixa, que "Além do Tempo", no ar entre julho de 2015 e janeiro de 2016, deixou consolidada na faixa de 20 pontos, chegando a marcar 24 pontos de média no capítulo do dia 22 de outubro (já na segunda fase da trama). E, contrariando até os mais otimistas executivos da Globo, a missão da produção foi cumprida desde o primeiro capítulo, quando marcou impressionantes (como foi classificados tais números na época) 26 pontos de média, sendo a maior audiência de uma estreia desde "Araguaia", exibida em 2010, e logo ali mostrava a que veio.
Na semana de estreia, a trama se manteve entre 20 e 25 pontos ----fechou com 23.8 pontos de média no período de 18 à 23 de janeiro, sua primeira semana no ar ----, o que voltou a se repetir nas dez semanas seguintes. Na semana 11, no dia 29 de março, bateu seu primeiro recorde: 27 pontos. A média semanal da novela neste período (28 de março à 02 de abril), já estava em 25,2 pontos, batendo recorde desde a semana de estreia (o recorde anterior era de 24.2 pontos, no período de 07 à 12 de março). Na semana seguinte, bateu um novo recorde (25,7), no período de 04 à 09 de abril. Bateu dois novos recordes nos dias 11 e 12 de abril, marcando 28 e 32 pontos, respectivamente, sendo o segundo um índice não visto desde o último capítulo de "Escrito nas Estrelas", exibido no dia 24 de setembro de 2010. A média semanal no período 11-16 de março ficou em 28.3 pontos, uma audiência inimaginável para a faixa e já mostrando o fenômeno que a novela se tornava. Na época, foi mostrado o reencontro de Anastácia (Eliane Giardini) e Candinho (Sérgio Guizé), uma das cenas mais esperadas da novela. Aliás, isso foi uma ousadia muito grande, afinal, a novela ainda não estava nem na metade.
Mas, isso não foi problema para a novela das seis, que seguiu muito movimentada, batendo mais e mais recordes: 28.8 de média semanal entre 16 e 21 de maio; 29.0 de média entre 30 de maio e 04 de junho; 30.2 de média entre 20 e 25 de junho; 33 pontos de média no capítulo do dia 04 de julho; 32.2 pontos de média semanal entre 18 e 23 de julho; 34 pontos de média no capítulo do dia 27 de julho; 32.3 de média semanal entre 25 e 30 de julho; e 36 pontos de média foi seu último recorde até o momento, no capítulo do dia 10 de agosto. A média geral da novela, até o capítulo da última quinta-feira (25/8), está em 27.06 pontos, sendo um fenômeno estrondoso.
Analisando essa audiência, podemos afirmar que após a sua última passagem pelo horário das seis, na supervisão de "O Profeta" (2006) e passar pelas faixss das 19h, das 21h e das 23h, com, respectivamente, Sete Pecados (2007), Caras & Bocas (2009), Morde & Assopra (2011), Gabriela, (remake, 2012), Amor à Vida (2013), Verdades Secretas (2015), o Walcyr Carrasco voltou para a faixa das seis para colocar mais um êxito na sua carreira. Ele pode ser considerado o rei desta faixa, devido a trinca de sucessos anteriores: "O Cravo e a Rosa" (2000), "Chocolate com Pimenta" (2002) e "Alma Gêmea" (2006) e agora entra sua quarta produção própria no horário, "Êta Mundo Bom!", que encerra sua trajetória como um dos maiores fenômenos da Globo na década.
Historicamente, a faixa das seis nem sempre foi reservada para folhetins de época, basta ver a lista dos maiores sucessos da faixa em toda a história ---- segue algumas de 1980 e 1990: "Mulheres de Areia" (50 pontos), "A Gata Comeu" (49 pontos) e "Fera Radical" (43 pontos), entre outras novelas, sendo que essas são lembradas até hoje, embora tenha tido outras que fecharam com médias superiores a "Fera Radical" ----, mas atualmente o quadro tem mudado e muito.
Atualmente, a Globo vem apostando mais em novelas de época na faixa das seis. Em três anos (2014, 2015 e 2016), foram três novelas do gênero: "Boogie Oogie" (2014 - retratada nos anos 70), "Além do Tempo" (2015 - retratada no século XIX, durante a primeira fase) e a própria 'Êta Mundo Bom!', que foi retratada, durante os anos 1920 (primeira fase, com Candinho bebê) e anos 1940 (segunda fase, com Candinho já adulto). Esse domínio desses tipos de novelas na faixa começa depois do fracasso "Boogie Oogie", trama escrita em 2014 e que acabou com apenas 17 pontos de média geral, a maior decepção da história da faixa.
Sendo assim, além das novelas clássicas dos anos 90, podemos concluir que os grandes sucessos das décadas de 2000 também não foram --- na sua maioria, de época ---, mas os fenômenos sim, vide "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", que foram retratadas em outras épocas. E na década de 2010, o grande sucesso é a novela que será encerrada nesta sexta.
Portanto, pode se concluir que o ponto mais forte desta faixa das seis são as novelas de época e "Êta Mundo Bom!" conprovou mais uma vez isso. É lógico que uma trama, independemente se é de época ou não, tem que ter um bom enredo. Nada adianta fazer uma novela nos anos 70 se não tiver uma boa história para ser contada, vide 'Boogie Oogie', que foi péssima e teve, como já dito anteriormente, 17 pontos de média geral (meta de 20 pontos), mas as novelas de época costumam fazer sucesso de uma forma muito mais fácil, pois muitas vezes conta com os clichês que todo bom folhetim tem (mocinhos e vilões bem definidos, uma dose de drama, romance e suspense, enfim), o que acabou facilitando a enorme aceitação da novela protagonizada por Candinho (Sérgio Guizé). Agora resta aguardar "Sol Nascente", novela que traz o clima praiano, característico das tramas do Whalter Negrão, de volta à faixa das seis. Resta aguardar para saber se dará certo numa faixa que contou com três folhetins ótimos em sequência. Tomara que sim.
Neste contexto, a trama baseada nos contos Cândido, ou O Otimismo, de Voltaire e O Comprador de Fazendas, do livro Urupês, de Monteiro Lobato e no filme Candinho, de 1954, dirigido por Abílio Pereira de Almeida e protagonizado por Amácio Mazzaropi, escrito por Walcyr Carrasco e Maria Elisa Berredo (que acabou saindo da novela, depois de desentendimentos com o autor principal), com colaboração de Daniel Berlinsky, Márcio Haiduck, Cláudia Tajes, Nelson Nadotti e Vinícius Vianna e que conta com a direção de Ana Paula Guimarães, Marcelo Zambelli e Diego Morais, sob direção geral e artística de Jorge Fernando, a novela das seis demonstra que este fenômeno finalmente recuperou uma faixa que estava em crise desde "Cordel Encantado" (2011) e da melhor forma possível.
'Êta Mundo Bom!', que estreou em janeiro deste ano, tinha como missão manter ou até elevar --- o que realmente fez --- a audiência da faixa, que "Além do Tempo", no ar entre julho de 2015 e janeiro de 2016, deixou consolidada na faixa de 20 pontos, chegando a marcar 24 pontos de média no capítulo do dia 22 de outubro (já na segunda fase da trama). E, contrariando até os mais otimistas executivos da Globo, a missão da produção foi cumprida desde o primeiro capítulo, quando marcou impressionantes (como foi classificados tais números na época) 26 pontos de média, sendo a maior audiência de uma estreia desde "Araguaia", exibida em 2010, e logo ali mostrava a que veio.
Na semana de estreia, a trama se manteve entre 20 e 25 pontos ----fechou com 23.8 pontos de média no período de 18 à 23 de janeiro, sua primeira semana no ar ----, o que voltou a se repetir nas dez semanas seguintes. Na semana 11, no dia 29 de março, bateu seu primeiro recorde: 27 pontos. A média semanal da novela neste período (28 de março à 02 de abril), já estava em 25,2 pontos, batendo recorde desde a semana de estreia (o recorde anterior era de 24.2 pontos, no período de 07 à 12 de março). Na semana seguinte, bateu um novo recorde (25,7), no período de 04 à 09 de abril. Bateu dois novos recordes nos dias 11 e 12 de abril, marcando 28 e 32 pontos, respectivamente, sendo o segundo um índice não visto desde o último capítulo de "Escrito nas Estrelas", exibido no dia 24 de setembro de 2010. A média semanal no período 11-16 de março ficou em 28.3 pontos, uma audiência inimaginável para a faixa e já mostrando o fenômeno que a novela se tornava. Na época, foi mostrado o reencontro de Anastácia (Eliane Giardini) e Candinho (Sérgio Guizé), uma das cenas mais esperadas da novela. Aliás, isso foi uma ousadia muito grande, afinal, a novela ainda não estava nem na metade.
Mas, isso não foi problema para a novela das seis, que seguiu muito movimentada, batendo mais e mais recordes: 28.8 de média semanal entre 16 e 21 de maio; 29.0 de média entre 30 de maio e 04 de junho; 30.2 de média entre 20 e 25 de junho; 33 pontos de média no capítulo do dia 04 de julho; 32.2 pontos de média semanal entre 18 e 23 de julho; 34 pontos de média no capítulo do dia 27 de julho; 32.3 de média semanal entre 25 e 30 de julho; e 36 pontos de média foi seu último recorde até o momento, no capítulo do dia 10 de agosto. A média geral da novela, até o capítulo da última quinta-feira (25/8), está em 27.06 pontos, sendo um fenômeno estrondoso.
Analisando essa audiência, podemos afirmar que após a sua última passagem pelo horário das seis, na supervisão de "O Profeta" (2006) e passar pelas faixss das 19h, das 21h e das 23h, com, respectivamente, Sete Pecados (2007), Caras & Bocas (2009), Morde & Assopra (2011), Gabriela, (remake, 2012), Amor à Vida (2013), Verdades Secretas (2015), o Walcyr Carrasco voltou para a faixa das seis para colocar mais um êxito na sua carreira. Ele pode ser considerado o rei desta faixa, devido a trinca de sucessos anteriores: "O Cravo e a Rosa" (2000), "Chocolate com Pimenta" (2002) e "Alma Gêmea" (2006) e agora entra sua quarta produção própria no horário, "Êta Mundo Bom!", que encerra sua trajetória como um dos maiores fenômenos da Globo na década.
Historicamente, a faixa das seis nem sempre foi reservada para folhetins de época, basta ver a lista dos maiores sucessos da faixa em toda a história ---- segue algumas de 1980 e 1990: "Mulheres de Areia" (50 pontos), "A Gata Comeu" (49 pontos) e "Fera Radical" (43 pontos), entre outras novelas, sendo que essas são lembradas até hoje, embora tenha tido outras que fecharam com médias superiores a "Fera Radical" ----, mas atualmente o quadro tem mudado e muito.
Atualmente, a Globo vem apostando mais em novelas de época na faixa das seis. Em três anos (2014, 2015 e 2016), foram três novelas do gênero: "Boogie Oogie" (2014 - retratada nos anos 70), "Além do Tempo" (2015 - retratada no século XIX, durante a primeira fase) e a própria 'Êta Mundo Bom!', que foi retratada, durante os anos 1920 (primeira fase, com Candinho bebê) e anos 1940 (segunda fase, com Candinho já adulto). Esse domínio desses tipos de novelas na faixa começa depois do fracasso "Boogie Oogie", trama escrita em 2014 e que acabou com apenas 17 pontos de média geral, a maior decepção da história da faixa.
Sendo assim, além das novelas clássicas dos anos 90, podemos concluir que os grandes sucessos das décadas de 2000 também não foram --- na sua maioria, de época ---, mas os fenômenos sim, vide "O Cravo e a Rosa", "Chocolate com Pimenta" e "Alma Gêmea", que foram retratadas em outras épocas. E na década de 2010, o grande sucesso é a novela que será encerrada nesta sexta.
Portanto, pode se concluir que o ponto mais forte desta faixa das seis são as novelas de época e "Êta Mundo Bom!" conprovou mais uma vez isso. É lógico que uma trama, independemente se é de época ou não, tem que ter um bom enredo. Nada adianta fazer uma novela nos anos 70 se não tiver uma boa história para ser contada, vide 'Boogie Oogie', que foi péssima e teve, como já dito anteriormente, 17 pontos de média geral (meta de 20 pontos), mas as novelas de época costumam fazer sucesso de uma forma muito mais fácil, pois muitas vezes conta com os clichês que todo bom folhetim tem (mocinhos e vilões bem definidos, uma dose de drama, romance e suspense, enfim), o que acabou facilitando a enorme aceitação da novela protagonizada por Candinho (Sérgio Guizé). Agora resta aguardar "Sol Nascente", novela que traz o clima praiano, característico das tramas do Whalter Negrão, de volta à faixa das seis. Resta aguardar para saber se dará certo numa faixa que contou com três folhetins ótimos em sequência. Tomara que sim.
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